Subsistem dúvidas quanto à origem do nome desta freguesia, são conhecidas as opiniões de Alexandre de Carvalho Costa, António Batalha Gouveia, Joaquim da Silveira e de Xavier Fernandes e mais recentemente de Bonifácio dos Santos Bernardo no seu livro "ALDEIA DOS FORTIOS"-Memória Histórica, publicado em 2002. A freguesia é habitada desde tempos imemoriais, como o provam as antas do Monte Nogueiro e da herdade de João Martins. Os vestígios de ocupação romana encontram-se um pouco por todo o lado.
Um testemunho valioso é um cipo com inscrição latina, incrustado na parede Sul da igreja matriz, até 1927-28. Não é por acaso que o Padre Diogo Pereira de Sotto Maior, autor do Tratado da Cidade de Portalegre (1619) escrevia que «ao longo da estrada até quase ao monte dos Fortios acharam algumas moedas antigas e assim umas peças». A igreja matriz de S. Domingos data do início do século XVII, senão mesmo dos finais do século XVI, e foi remodelada no século XVIII. Situado nesta freguesia está o Santuário do Senhor Jesus dos Aflitos que, desde os meados do século XVIII, se afirmou ao longo do tempo como o principal centro de devoção e de peregrinação desta região. Possui um interessante conjunto de 52 ex-votos. A freguesia tem conhecido nos últimos anos uma grande expansão.
in Bonifácio Bernardo, Senhor Jesus dos Aflitos I Actas da sua Confraria, Portalegre, Ed. do Autor, 1995; Senhor Jesus dos Aflitos. Origens (1713-1845), ed. Colibri, Lisboa, 2002; Aldeia dos Fortios.
Memória histórica .